segunda-feira, 23 de março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

Um Governo Especializado em Cosmética e Que Fala Magalhanês


Foram dez mil os professores que hoje, dia 7 de Março, deram as mãos para mostrar que a luta continua acesa e bem presente.

Tornou-se evidente, neste longo ano de lutas que o governo pouco ou nada cedeu, apenas fez que cedeu.

Tornou-se evidente que professores e ME falam línguas diferentes. Para uns, as recentes negociações foram uma “nova oportunidade à solução do conflito, abrindo uma nova porta ao diálogo e à negociação" para outros, os professores, representados pelas suas estruturas sindicais, o Governo "limitou-se a apresentar documentos contendo possibilidades e princípios gerais".

Tornou-se evidente que este des(Governo) alucinou completamente, como se poderá ver pela afirmação do Sr. Jorge Pedreira: "O objectivo que tinham de ligar o ministério da Educação à residência do Primeiro-Ministro não foi conseguido. Não houve cordão humano.”

Sr. Secretário, não vale a pena fechar os olhos que nós não nos vamos embora. Não desistimos de lutar por aquilo em que acreditamos. E se nada se fizer para alterar esta situação de caos e injustiça em que mergulharam o ensino público, se insistirem nestas políticas que não servem uma efectiva melhoria das condições das escolas e não é promotora de um verdadeiro sucesso educativo, da próxima vez, o cordão não terá apenas 10 mil professores. Ou já se esqueceu… 25 mil professores, 100 mil professores, 120 mil professores…

Segue-se uma frase retirada do Expresso

"O cordão humano hoje realizado em Lisboa, é de protesto por esta situação (...) mas ainda de preocupação face ao clima de instabilidade que continua a afectar nefastamente a organização e funcionamento das escolas, com tendência para se agravar, num momento que é o mais importante do ano lectivo: o seu final".

Onde se diz que o ME produz ficção - Comédia?

Não é verdade que tenhamos ido ao Parlamento colocar “algumas dúvidas”, fomos, pelo contrário, questionar algumas das “1600 respostas” dadas pela DGRHE…”

Excerto de uma carta elaborada pelo PCE da Escola Secundária de Felgueiras, Pedro Araújo, onde é feita uma síntese da reunião entre a delegação de Presidentes de Conselhos Executivos em luta com a Comissão Parlamentar de Educação da Assembleia da República, ocorrida no dia 4 de Março.

Hiperligação para todo o documento

sexta-feira, 6 de março de 2009

Uma pedrada no charco



Escolas problemáticas vão poder escolher professores

"Pela primeira vez, o Ministério da Educação vai permitir que alguns estabelecimentos de ensino seleccionem directamente os docentes para os seus quadros. "


Tal afirmação é pouco exacta. As escolas TEIP, pelo menos na altura em que passei por uma, tinham autonomia para fixar professores. Faziam-no quando o trabalho do professor e o seu perfil pessoal estavam de acordo com o Projecto Educativo da Escola, por comum acordo de ambas as partes. Contudo esse processo era claro e transparente. O Professor efectuava o seu concurso, sujeitando-se às suas regras de graduação e se ficasse colocado numa CAE ou estabelecimento de ensino, era reconduzido à escola TEIP que o tinha requisitado.

“Uma das dificuldades das escolas TEIP tem a ver com a estabilidade do corpo docente nestas escolas…”

Será que esta medida irá resolver o problema? Começa por criar um: Permite que professores, com uma graduação mais baixa obtenham colocação, podendo outros docentes com melhor posição nos concursos ficar por colocar, uma vez que não irá respeitar a hierarquia clara e transparente que existe na lista de graduação dos concursos.
Porque não resolve o problema da estabilidade do corpo docente nesses estabelecimentos de ensino?
Não vai impedir um professor de entrar nos concursos seguintes, a fim de obter colocação noutra escola ou agrupamento, sendo que nesse processo irá usufruir da vantagem auferida pelo tempo de serviço correspondente à sua passagem por essa escola TEIP, passagem essa decorrente de uma colocação feita à margem dos concursos nacionais.

Esta situação irá igualmente abrir portas ao favorecimento pessoal, já que os critérios de colocação de um professor, desta forma, serão sempre subjectivos.