quinta-feira, 6 de novembro de 2008

As três Peneiras


O António foi transferido para um novo departamento. Logo no primeiro dia, para dar graxa ao chefe, saiu-se com esta:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, o chefe parou-o imediatamente:
- Espere um pouco, António. O que me vai contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeira, António, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro?
- Não. Não tenho não. Como posso saber? Só sei o que me contaram.
- Então a sua história já passou através da primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você me vai contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Nem pensar, Chefe.
- Então, sua história passou através da segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira que é a UTILIDADE. Você acha mesmo necessário contar-me a mim esse facto ou mesmo passá-lo adiante?
- Não chefe. Realmente, a minha história, ao passar por essas três peneiras foi toda embora. Não ficou nada do que eu queria contar - fala o António, surpreendido.

- Pois é António, Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se usassem essas peneiras? Diz o chefe a sorrir e depois contínua:
- Da próxima vez que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: VERDADE, BONDADE e UTILIDADE, antes de obedecer ao impulso de o passar adiante, porque:

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS;
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;

PESSOAS MEDIOCRES FALAM SOBRE PESSOAS

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito Bom... há muito tempo que não lia algo tão verdadeiro.