Os Problemas que o ensino, em Portugal, atravessa não são muito diferentes dos que existem noutras partes da Europa. Ultimamente têm-nos chegado notícias que apontam para esse facto, de várias partes da Europa.
E na América Latina a realidade não é muito diferente da nossa. Em baixo encontra-se um texto que merece uma reflexão. Podiam estar a falar de Portugal.
Urge, de facto, repensar a escola, a sociedade que temos e o que efectivamente queremos que ambas sejam, para que se estabeleçam, não Objectivos Individuais mas colectivos – de todos nós, enquanto cidadãos. A realidade actual não é apenas um problema dos professores, transcende-os, transcende a escola. É um problema social.
Não podemos aceitar que o estado que nos governa continue a ver o ensino numa perspectiva mercantilista. Não podemos aceitar as consequências futuras destas políticas educativas. Comprometem o nosso futuro. Empenham o bem-estar comum.
A luta tem de continuar, não podemos baixar os braços. Lutemos contra a cegueira e egocentrismo ganancioso dos que nos tutelam. A consequência de o não fazermos pode ser uma nova “idade das trevas”.
Ensino de má qualidade e sem conexão com mercado desafia ibero-americanos
A baixa qualidade da educação e a desconexão entre o ensino e o mercado de trabalho são alguns dos principais desafios enfrentados pelos jovens da América Latina e do Caribe. Para eles, o desemprego é maioritariamente precário e informal. O quadro foi traçado em seminário preparatório à 18ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo, em El Salvador.
O relatório final do seminário frisa que a juventude, em média, tem mais anos de escolaridade que os adultos. No entanto, tem menos acesso ao emprego. A taxa de desemprego é de 19.9% da população activa de 15 a 24 anos, quase três vezes mais que a registada entre adultos. Outro dado impressiona: 18% dos jovens entre 15 e 19 anos não trabalham e não estudam. "Em uma situação de exclusão e falta de sentido de pertença, [os jovens] têm um maior risco de participar em condutas de risco e violência", conclui o relatório.
O seminário, que reuniu especialistas e representantes da sociedade civil e de governo dos 22 países latino-americanos e europeus de língua portuguesa e espanhola, também identificou a debilidade ou inexistência de espaços para participação que permitam aos jovens influir em políticas voltadas às suas necessidades.
"A participação dos jovens deve ser substancial nas políticas e propostas que decida-se impulsionar. Estas devem mostrar-se, desde o início, a partir dos interesses, experiências e ideias dos próprios jovens", recomenda o documento.
A violência contra os jovens e a participação dos jovens em actos de violência também fazem parte do cenário regional e desafiam líderes ibero-americanos, ao lado da necessidade de políticas de inclusão de jovens afro-descendentes, indígenas, minorias, jovens rurais, migrantes.
Embora proponha uma abordagem coordenada de tais questões, o relatório final do seminário frisa a necessidade de respeito à diversidade entre jovens dos diferentes países ou mesmo entre grupos da mesma região. "É preciso destacar que é impossível falar de uma só juventude, é necessário falar 'das juventudes', já que na Ibero-americana convivem colectivos de jovens muito heterogéneos, tanto por sua localização geográfica - rural ou urbana - como por sua situação socioeconómica ou por seu grau de inclusão na sociedade através do estudo, do emprego e da participação".
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