Recomendação apresentada pelo Bloco de Esquerda e
rejeitada por unanimidade CDU na Assembleia Municipal
Insetos
Polinizadores
Pelo menos 80% das espécies cultivadas no mundo inteiro precisam
de polinização para fazer a reprodução, sendo que também é responsável pela
produção de cerca de 90% das frutas, leguminosas e hortícolas que consumimos;
A polinização é feita por agentes polinizadores que são
maioritariamente animais, principalmente insetos. As abelhas e as borboletas
são os polinizadores mais amplamente conhecidos, no entanto, outros tipos de
insetos também estão envolvidos neste processo, como escaravelhos, moscas,
vespas, traças, etc.
Em Portugal existem mais de 1000 espécies de insetos polinizadores,
entre abelhas, abelhões, vespas, moscas, borboletas, escaravelhos e formigas.
Nas últimas décadas muitas destas espécies sofreram um decréscimo de cerca de 75%.
Se os insetos polinizadores desaparecerem, a maioria das plantas
não conseguirá reproduzir-se o que conduzirá à sua extinção ou redução
significativa do seu número, causando a destruição das cadeias alimentares num
efeito de dominó.
A perda desta biodiversidade tem causas diversas: a urbanização e a fragmentação dos habitats, que reduzem a sua distribuição geográfica; a agricultura intensiva, que destrói os prados e recorre ao uso intensivo de pesticidas; as alterações climáticas, com a subida das temperaturas, o que confunde as plantas e causa a sua floração extemporânea, desfasada do ciclo de vida dos insetos, faz com que estes não tenham de que se alimentar, além de não estarem presentes na altura em que as plantas deles necessitam.
Também a destruição da flora natural das várias regiões, substituída por monoculturas ou plantas exóticas com períodos de floração desfasados dos ciclos de vida dos insetos nativos, leva a que estes não obtenham alimento na época adequada, acabando por morrer.
3) Construção
de canteiros com plantas nativas, em floração durante todo o
ano e adequadas aos insetos autóctones da nossa região;
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