E heis-nos a viver nova rodada de
eleições autárquicas. As NUTS será um prato para servir quente.
Grande parte da população ativa
deste conselho tem-se visto obrigada a deslocar-se todos os dias para fora do Concelho
para ter emprego, com grande impacto económico, pessoal e ambiental. Às suas
vidas tem vindo a ser roubado tempo útil, que gastam em deslocações, que
poderia ser passado com as suas famílias e amigos ou a participar em atividades
de lazer e relaxamento.
Grande parte disto deve-se à
falta de emprego e empobrecimento da cidade que no panorama geral do país é,
das grandes cidades, a que menos tem evoluído economicamente e a península de
setúbal está mesmo a ficar para trás comparativamente a todas as restantes
regiões do pais. Inclusive o interior.
Mas porque isso está a acontecer
e o que isso tem a ver com as NUTS?
Para quem desejar saber mais
deixo aqui este Link.
As zonas mais pobres recebem mais
subsídios, mas as NUTS, tal como estão, não permitem identificar a Península de
Setúbal como a mais elegível para esses subsídios. Os mesmos são atribuídos a
Lisboa de acordo com o seu nível de desenvolvimento, ou seja, recebe menos,
tratando-se de uma região rica.
E agora vamos à outra questão, o
que é feito desse dinheiro? Pois, pouco chega a Setúbal. A região tem sido
fortemente discriminada pelo poder central. Quando Mário Lino, na altura Ministro
das Obras Públicas afirmou que “… a margem sul é um deserto…” isso evidenciou
muito bem o que os sucessivos governantes pensam e continuam a pensar da região e das suas gentes e
o descaso com que têm sido tratadas.
Como reverter isso? Desvinculando
a Margem Sul da NUT da Grande Lisboa e passando a ter a sua própria NUT e com uma autarquia mais proativa no
que concerne a Projetos que permitam obter fundos europeus e que efetivamente
promovam a empregabilidade, o combate á pobreza e a desigualdade social.
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