quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Proposta saida da 2ª Sessão Plenária de Professores de Setúbal e Palmela




Apesar do frio intenso que se fez sentir ao longo do dia, várias vezes acompanhado de granizo, os professores não desmobilizaram: estiveram presentes cerca de 100 docentes no Ginásio da Escola Secundária Sebastião da Gama.
Nessa reunião foi aprovado um documento que contou com a unanimidade dos presentes.

Proposta aos professores de Setúbal e Palmela – 2ª Sessão Plenária

Considerando a necessidade de manter a pressão contra o projecto do governo/ME de provocar uma “ruptura” (palavra utilizada por Maria de Lurdes Rodrigues) na escola pública;
Considerando que tal “ruptura” significa, no actual contexto, criar dentro da escola pública uma divisão artificial e corrosiva entre turmas e professores de primeira categoria, e turmas e professores de segunda categoria, intensificando assim o caminho para a degradação do ensino público e o favorecimento do ensino privado;
Considerando que a partir de Fevereiro o governo e ME irão certamente explorar o facto de que uma parte dos professores não entregou o documento dos Objectivos Individuais e outra parte o fez;
Considerando que a nossa unidade se vem sempre reforçando em torno das questões essenciais, nomeadamente a recusa do ECD, o congelamento da carreira, a prova de ingresso, o injusto modelo de concursos, o “director/reitor”, como se comprovou ontem com mais uma greve histórica;

Foi decidido:

1. Saudar todos os colegas que têm resistido à chantagem, às ameaças e aos prazos, não entregando o documento dos objectivos individuais;
2. Encorajar também aqueles que, embora já os tenham entregue, desejem continuar a lutar pela dignificação do Ensino e da nossa profissão;
3. Intensificar as reuniões e tomadas de posição colectivas, escola a escola, nos próximos dias, até expirar o prazo estabelecido para a entrega dos Objectivos Individuais dando assim início ao Simplex 2 (Decreto Regulamentar 1-A/2009);
4. Apelar a que, onde ainda não terminou o prazo para a referida entrega, engrosse o número dos que se dispõem a juntar-se aos primeiros “resistentes”, no sentido de garantir que dezenas de milhares de professores apoiarão desta forma corajosa a nossa luta comum;
5. Apoiar todas as iniciativas locais e nacionais que visem reforçar o nosso combate, nomeadamente a Concentração de Professores de dia 24 de Janeiro, frente ao Palácio de Belém, organizada por Movimentos de Professores;
6. Propor a organização de uma concentração de apoio aos PCE, no dia 7 de Fevereiro, junto ao local do encontro;
7. Apoiar a realização de uma Marcha Nacional pela Educação de Qualidade, aberta a toda a sociedade, anunciada pelo porta-voz da Plataforma Sindical, ontem, dia da greve. Sugere-se que essa 3ª Marcha se realize num sábado de Março próximo, para consolidar a nossa unidade e solidariedade.
Setúbal, 20 de Janeiro de 2009

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