segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Postado aqui a pedido de uma colega e amiga

Ex.mos senhores,Como é com certeza do vosso conhecimento, as finanças estão a emitir coimas aos trabalhadores a recibos verdes que não entregaram uma declaração anual dos rendimentos relativos aos anos 2006 e 2007. O Público Online avança com 200 mil contribuintes a serem notificados a pagar coimas entre os 124€ e os 248€. Estamos a falar de trabalhadores que pagaram sempre o IVA respeitantes ás declarações entregues, que declararam os seus rendimentos trimestralmente...só não sabiam que deviam (re)declarar os rendimentos sob a forma anual, fazendo o somatório das declarações já entregues.Se é sua obrigação conhecer a lei? É, pois...mas não será também obrigação do estado disponibilizar de forma clara aos cidadãos (afinal até estamos na era SIMPLEX) informações que lhes permitam cumprir a lei sem terem de ter um advogado particular? É que quanto à informação disponibilizada:
Existem vários testemunhos de pessoas que se dirigiram a repartições de finanças onde lhes foi dito que bastava a entrega das declarações trimestrais para cumprir a lei (basta aceder ao blog http://fartosdestesrecibosverdes.blogspot.com/ para deparar com vários comentários a dizer o mesmo);
A tal declaração anual não consta do calendário fiscal disponibilizado no site da DGF - Declarações Electrónicas;
No caso que me diz respeito (o meu marido), quando se acede às "Declarações em Falta IVA", é dito "Não existem declarações em falta para o contribuinte".
Assim, é difícil cumprir. É lamentável esta caça à multa através de um documento obscuro e sem utilidade (porque é um somatório do que já foi entregue anteriormente e porque não está associado ao pagamento de mais impostos) ainda por cima dirigida a um conjunto de pessoas já tão penalizada pela precariedade laboral.Estou certa que o estado não pode pactuar com este procedimento que toca a má fé e que os políticos deste país farão ouvir a voz dos que menos podem reinvindicar (deixem-nos pelo menos entregar as benditas declarações sem pagar coima...).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

domingo, 7 de dezembro de 2008

E Agora?...


As Greves Regionais foram canceladas… p`ra que?!!


Fontes próximas dos Sindicatos confirmaram que, das onze organizações sindicais que fazem parte da Plataforma, seis já se tinham pronunciado pelo cancelamento das greves regionais agendadas, baseando-se nas informações recolhidas junto de diversos professores, que levavam a crer que a adesão ia ser bastante baixa. Isto no dia 5.
Convenhamos que depois das manifestações dos 100 mil e 120 mil e uma greve que esvaziou quase por completo as escolas, uma adesão às greves regionais de 5%? 10%? da classe era acabar por baixo. Tal facto seria certamente aproveitado pelo ME. Um indicador de fraqueza da parte dos professores.
Talvez estas greves não devessem sequer ter sido convocadas. Os Sindicatos aperceberam-se disso pelo que os acontecimentos que deram origem à sua suspensão foram apenas um pretexto para poderem salvar a pele. A desculpa de que precisavam. De qualquer forma, com esta primeira greve, os professores provaram do que eram capazes.
O evidente desconforto e crescente isolamento quer político, quer social, do ME, ditou uma “retirada estratégica” temporária também desta parte.
Os Dirigentes da Plataforma anunciaram que a reunião negocial do dia 15 de Dezembro, de agenda aberta e de mesa negocial única, estavam de acordo com uma nova postura do ME, perante os resultados ímpares da Greve do passado dia 3. O ME aproveitou-se disso para provar a sua abertura ao diálogo e a sua disposição para substituir o seu modelo por outro.
Contudo o SG Jorge Pedreira não tardou a voltar à carga, quebrando o pacto de paz temporária, ao afirmar que a suspensão está fora de questão. As alterações, a verificarem-se, só teriam lugar no próximo ano lectivo. Muitos Professores voltaram a receber um e-mail da DGRHE a sublinhar esta posição.
Estas declarações públicas além de colocarem em causa o Secretário-geral da FENPROF e porta-voz da Plataforma - que ainda na véspera da Greve Nacional de dia 3 tinha afirmado categoricamente que não negociaria com o ME enquanto não fosse suspenso este modelo de avaliação, lançaram a suspeição e algum desânimo na classe docente.
Estamos nitidamente perante dois adversários que, por fragilidades mútuas, acordaram uma trégua táctica de 8 dias, e não de nenhuma "traição", como apregoam alguns. Não esquecer que se mantém intacta a restante agenda de acções reivindicativas (com destaque para a Greve Nacional de 19 de Janeiro). A classe docente deve manter-se vigilante, mobilizada e unida, nestes dias que decorrerão antes da reunião negocial de 15 de Dezembro. Assume uma importância vital a participação massiva dos Professores nas reuniões sindicais nas escolas, anunciadas para dia 11, pelo porta-voz da Plataforma, Mário Nogueira.
Neste quadro complexo da luta dos professores, o encontro Nacional de Escolas em Luta que hoje decorrer em Leiria, bem como outras movimentações organizativas espontâneas de professores e escolas em luta ganharam também redobrada importância.
Não queremos um novo memorando de entendimento mas temos de dar o nosso apoio aos Sindicatos para que estes tenham a força necessária quando estiverem de novo perante o ME.
E há que reinventar novas formas de luta.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Eis porque não podemos confiar no ME


A Guerra tem de continuar…

"Dispensar, neste ano lectivo, o critério dos resultados escolares e das taxas de abandono, tal como recomendado pelo Conselho Científico da Avaliação dos Professores"

Este excerto foi retirado do Projecto de Decreto regulamentar que foi divulgado dia 25 de Novembro. Somos forçados a acreditar que, a Ministra da Educação, tendo compreendido finalmente que não ia conseguir fazer com que os Professores engolissem a pílula inteira passou para a estratégia de fazer com que a engolissem partida aos bocadinhos. Agora vai um pedacinho, daqui a uns tempos mais um pouco e, sem darmos por isso… feliz e contente, poderá regozijar-se de ter conseguido pôr na ordem os dissidentes que não querem fazer nenhum, provando assim que o seu modelo é exequível. “Pronto, está bem, falhei na forma de implementar, pensava que eram mais inteligentes e capazes de entender o que eu queria de uma vez. Assim devagarinho…pode ser que compreendam” Dirá depois para os seus cães de fila.A verdade é que enquanto não for abaixo o actual ECD, enquanto esta política educativa não sair dos horizontes do ensino, não se pode depor armas. Os princípios que os regem estão muito errados. E a tutela não vai fazer mais nada se não tentar arranjar formas de levar a sua avante. Não é verdade que tenham compreendido que estão errados, não é verdades que tenham ouvido os Professores. Ouviram, talvez, o Conselho de Escolas, Órgão criado pelo Ministério, sujeito a sabe-se lá que coacções, os rumores são mais que muitos, e que está muito longe de representar os Docentes. Com certeza, não está a representar os 120 000 Professores que foram para a rua.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mais uma acha para a fogueira


Ainda a respeito da tal aplicação electrónica…

Ao falarem em simplificar a ADD para a opinião pública, a Sra Ministra da Educação e os seus vassalos, voltam a incorrer numa mentira grosseira. Ainda não se tinha calado o eco da sua voz e já estavam a chegar e-mail as caixas electrónicas dos professores deste país, com instruções para aceder a uma aplicação informática, onde estes terão que descarregar os seus objectivos individuais. E já agora, não me lembro de ter autorizado o Ministério da Educação, a utilizar o meu E-mail para estes fins. De facto, só ao fim de muito tempo a pensar é que descortinei onde o teriam ido buscar. Possivelmente aos concursos de colocação de professores. Trata-se de uma aplicação informática que não dispensa outros instrumentos, logo, significa mais um conjunto de documentos para os professores preencherem. Mais uma tarefa. Convenhamos, a tal aplicação não serve a melhoria de práticas do avaliado nem a simplificação do processo de avaliação. É tão-somente para satisfazer a ânsia de controlo e dar rédea solta á intimidação que é apanágio desta política educativa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Crise nos ovos


Sem vergonha na Cara


Depois dos alunos se manifestarem contra o artigo 22º do Estatuto do Aluno, com insultos e ovos, a Senhora Ministra (fingindo não dar o braço a torcer), mesmo depois de ter andado a defender o indefensável, alterou à pressa e por despacho uma Lei (má) aprovada pela Assembleia da República, desrespeitando a Constituição Portuguesa (que para ela não tem valor).

Caso a Senhora Ministra ainda não saiba, as Leis aprovadas pela Assembleia da República, que tem o poder legislativo, só podem ser alteradas por esse órgão. Se os deputados se calarem com esta usurpação do poder, mais vale demitirem-se, pois os ministros podem substituí-los no poder legislativo, quando só deviam ter o poder executivo. Mas, neste "vale tudo" socrático, a Senhora Ministra foi ainda mais longe, culpando as Escolas da sua própria má redacção das leis que os deputados do Partido Socialista aprovam sem ler, com medo de perderem o lugar.

Fique a saber que os professores sabem interpretar muito bem, Senhora Ministra, e já perceberam que Vossa Excelência gosta mais dos ovos do que dos professores. É muito feio culpar os outros dos nossos próprios erros…

Todos os dias altera a legislação e nós temos de andar sempre a alterar os Regulamentos Internos das nossas escolas.

domingo, 16 de novembro de 2008

Elogio da Dialéctica


A injustiça avança hoje a passo firme
Os tiranos fazem planos para dez mil anos
O poder apregoa: as coisas continuarão a ser como são
Nenhuma voz além da dos que mandam
E em todos os mercados proclama a exploração;
isto é apenas o meu começo

Mas entre os oprimidos muitos há que agora dizem
Aquilo que nós queremos nunca mais o alcançaremos

Quem ainda está vivo não diga: nunca
O que é seguro não é seguro
As coisas não continuarão a ser como são
Depois de falarem os dominantes
Falarão os dominados
Quem pois ousa dizer: nunca
De quem depende que a opressão prossiga? De nós
De quem depende que ela acabe? Também de nós
O que é esmagado que se levante!
O que está perdido, lute!
O que sabe ao que se chegou, que há aí que o retenha
E nunca será: ainda hoje
Porque os vencidos de hoje são os vencedores de amanhã

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O Pesadelo Burocrático e a Desobediência à Lei


“O facto de os cidadãos estarem em geral dispostos a recorrer à desobediência civil justificada é um elemento de estabilidade numa sociedade bem ordenada, ou seja, quase justa”

John Rawls, Uma Teoria da Justiça

Assembleia de Professores de Setúbal e Palmela

Esta noite 500 professores de várias escolas de Setúbal e Palmela, reunidos em Assembleia no Ginásio da Escola Sebastião da Gama, aprovaram por unanimidade a seguinte moção:
«Moção»
Os professores das escolas da região de Setúbal e Palmela, reunidos em assembleia-geral na Escola Secundária Sebastião da Gama, no dia 12 de Novembro de 2008, depois de analisarem a situação actual nas suas escolas, relativamente ao modelo de avaliação vigente, aprovaram a seguinte resolução:1. desenvolver, de imediato, esforços no sentido de criar grupos por escola/agrupamentos, amplos e diversificados, para promover formas de parar colectivamente (mais de metade dos professores) o processo de avaliação, nomeadamente através da recusa de entrega dos "objectivos individuais" e de aulas assistidas.2. sensibilizar os professores das escolas para a necessidade de suspensão deste modelo de avaliação através de abaixo-assinados, RGPs, sessões de esclarecimento e troca de opiniões.3. informar de imediato, após a tomada de decisão, as outras escolas, a comunicação social, os blogs, os sindicatos, o ME...12 de Novembro de 2008»
.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

As três Peneiras


O António foi transferido para um novo departamento. Logo no primeiro dia, para dar graxa ao chefe, saiu-se com esta:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, o chefe parou-o imediatamente:
- Espere um pouco, António. O que me vai contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeira, António, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse facto é absolutamente verdadeiro?
- Não. Não tenho não. Como posso saber? Só sei o que me contaram.
- Então a sua história já passou através da primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você me vai contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Claro que não! Nem pensar, Chefe.
- Então, sua história passou através da segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira que é a UTILIDADE. Você acha mesmo necessário contar-me a mim esse facto ou mesmo passá-lo adiante?
- Não chefe. Realmente, a minha história, ao passar por essas três peneiras foi toda embora. Não ficou nada do que eu queria contar - fala o António, surpreendido.

- Pois é António, Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se usassem essas peneiras? Diz o chefe a sorrir e depois contínua:
- Da próxima vez que surgir um boato por ai, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: VERDADE, BONDADE e UTILIDADE, antes de obedecer ao impulso de o passar adiante, porque:

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS;
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;

PESSOAS MEDIOCRES FALAM SOBRE PESSOAS

O Ministério da Educação ou não percebe ou não quer perceber...


Retirado da página do ME http://www.min-edu.pt/np3/2805.html

O processo de avaliação docente está a avançar em todas as escolas, de acordo com a informação da Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação.
Desmentem-se assim as alusões, contraditórias entre si, em jornais diários de hoje, a suspensão, adiamento, atraso ou interrupção do processo de avaliação.
Com efeito, vários jornais mencionaram hoje o tema da avaliação de professores, reproduzindo argumentos de uma estrutura sindical.
Em um dos títulos garantia-se que o processo estava suspenso em "10 por cento" dos estabelecimentos de ensino, num segundo avançava-se que estava parado em "50 por cento" das escolas, enquanto um terceiro asseverava que "metade das escolas suspenderam ou vão suspender" a avaliação, apesar de ter escrito na capa que "Metade das escolas não faz avaliação".
Perante estas discrepâncias informativas, repete-se que o processo de avaliação docente está a avançar em todas as escolas.
Qualquer outra visão só pode derivar da vontade de criar ruído e perturbar o direito dos docentes a serem avaliados.


DIA 8 VAMOS MOSTRAR QUE ISTO É MENTIRA. TODOS OS PRESENTES PODERÃO TESTEMUNHAR EM PÚBLICO QUE O QUE O ME DIZ É MENTIRA.
A Palavra de alguém que nem assina o que escreve contra 50 mil?, 60 mil? quantos seremos? Seria bom que mais de 100 mil!E QUE RIDÍCULO FALAR EM DIREITO DE SER AVALIADO? QUANDO ESTE MODELO DE AVALIAÇÂO VIOLA TANTOS DIREITOS FUNDAMENTAIS: O DIREITO À DIGNIDADE, À JUSTIÇA, AO RECONHECIMENTO DA VERDADEIRA COMPETÊNCIA, À PAZ...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Resposta

E o senhor ou senhora que deixou este comentário já pensou que os portugueses estão pouco esclarecidos em relação ao que se passa?
Tem filhos?
Gosta da ideia dos professores dos seus filhos deixarem de ter tempo para preparar aulas e dar-lhes atenção filhos porque passa o tempo a preencher grelhas e outros papeis inúteis, que em nada vão contribuir para a melhoria do ensino?
Não está em causa a avaliação de professores. Quando quiserem avaliem-me. Mas avaliem-me como deve ser.
Mas não se iluda, o governo fez estas leis para poupar mais uns cobres. Não ter de pagar mais ordenado aos professores, uma vez que muitos não vão poder ascender ao topo da carreira.
Não se iluda, se isto for para a frente, daqui a uns anos vai ter de pagar um colégio particular aos seus filhos ou netos se quiser que tenham um ensino de qualidade.
Já reparou que os colégios particulares estão a proliferar?
Já pensou quem vai ficar a ganhar com o negócio dos Magalhães?
Sabia que os professores lutam permanentemente com falta de condições? Sabia que não conseguem apoiar individualmente os alunos com mais dificuldades porque têm 28 alunos dentro da sala? Faça as contas. 80 minutos úteis de aula (estou a ser optimista) a dividis por 28... dá menos de 3 minutos por aluno.
Sabia que graças ao seu PS alunos que tinham necessidades educativas especiais, e que até ao ano passado beneficiavam de turma reduzida agora estão integrados em turmas que podem ter 28 alunos?
Sabia que na escola pública que lidera o ranking dos resultados de exames nacionais os professores estão a pedir a reforma antecipada e vão perder parte do seu vencimento? Já se perguntou porquê? Nessa escola, quando um professor entregou um teste negativo a uma aluna
esta respondeu... "tem a certeza que me quer dar esta nota, è que vai ser avaliada pelo meu resultado." Quer que os seus filhos, se os tiver, passem de ano, mesmo que não saibam nada ou quer que aprendam e evoluam?
Acreditou na melhoria dos resultados escolares nos exames nacionais? Era lindo se fizéssemos agora um exame internacional, daqueles que a OCDE faz de vez em quando, e que permite comparar o que se passa em Portugal com o resto do mundo. Ia perceber que a melhoria dos resultados nacionais deveu-se exclusivamente ao facto de os terem feito mais fáceis.
O PS quer o facilitismo. Nós, professores, queremos uma escola pública de qualidade. É por isso que lutamos, sabia disso?
Era mais fácil preencher, os as tais grelhas, que de resto, daqui a uns anos estão formatadas tipo Copy Paste, e alguns de nós até progrediam e recebia mais vencimento. Claro que começávamos a dar positiva aos alunos, daqui a uns anos o PS dizia que tínhamos atingido 100% de alunos sem retenção e com o nono ano. Não sabiam ler nem sequer somar dois números inteiros...
Mas ÑÓS não queremos isso. Não queremos uma população ignorante...
E o governo? Já pensou nisso?

Sabia que se eu quero passar um filme ou uma apresentação em Power Point... não tenho condições?
Sabia que uma parte dos alunos da turma não consegue ver o quadro? E não há solução para isso?
Sabia que no verão há salas horrivelmente quentes e no inverno salas horrivelmente frias e não há solução para isso?
Sabia que algumas lâmpadas, na minha escola estão fundidas há anos... e não há solução para isso?
Sabia que já há muito tempo que o apoio económico escolar não tem dinheiro para subsidiar as visitas de estudo dos alunos com dificuldades económicas?
E podia ficar aqui o resto da noite...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Concentração de Professores em Setúbal - 1 de Novembro - Largo da Misericórdia

Aproxima-se a passos largos o mês de Novembro. Vamos manifestar-nos de novo na capital e dizer bem alto que a escola pública está refém de uma política irresponsável e que os seus profissionais não abdicam do seu compromisso por uma escola de sucesso com qualidade.Recusamos satisfazer o monstro burocrático desta avaliação de desempenho com que nos querem paralisar, dividir e destruir o trabalho em equipa. Queremos trabalhar melhor e não consumir as nossas melhores capacidades, dias, noites e fins-de-semana sem fim, a preencher dezenas, centenas de páginas e documentos absurdos. Denunciamos esta espécie de cortina de ferro com que a Senhora Ministra quer sitiar a escola pública, para que não se conheçam as carências, os atrasos e o desinvestimento que é a verdadeira face da política deste governo.A avaliação que queremos tem de ir ao encontro dos direitos e necessidades dos alunos bem como da sociedade moderna. Tem de promover uma escola que aposta na formação plena e equilibrada dos cidadãos, numa perspectiva construtiva.Somos professores e professoras e rejeitamos a divisão em duas categorias. Por que razão certos alunos teriam professores de “primeira” categoria e outros de “segunda”?Para preparar o mês de Novembro, os professores irão concentrar-se, no dia 1 de Novembro, no Largo da Misericórdia, em Setúbal, entre as 18 e as 20 horas. Haverá intervenções das escolas em luta, de convidados, e apontamentos culturais (música e documentário).Contamos contigo! Reencaminha. Traz outro amigo também!Setúbal, 27 de Outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vestido Azul

Num bairro pobre de uma cidade distante, morava uma menina muito bonita. Frequentava a escola local. A mãe não era muito cuidadosa com ela e por issoandava quase sempre suja. As suas roupas eram muito velhas e maltratadas.
A Professora tinha pena da situação da menina e um dia pensou:
- "Como é que uma menina tão bonita pode vir tão desleixada para a escola?".
Resolveu então comprar-lhe um vestido novo. Ela ficou linda no vestidinho azul!


Quando a mãe viu a filha naquele vestido azul, tão linda, pensou que erauma pena que a sua filha, com aquela roupa nova, fosse tão suja para a escola. Por isso, passou a dar-lhe banho todos os dias, penteava-lhe os seus cabelos, cortava-lhe as suas unhas...
Passados uns dias o pai falou:
- "Mulher, não achas uma vergonha que a nossa filha, sendo tão bonita e bem arrumada, more num lugar como este, a cair aos pedaços? Que tal se tu arrumasses melhor a casa? Nas horas vagas, eu vou pintar as paredes que bem precisam de uma pintura nova, depois arranjo a cerca, arranco as ervas daninhas e planto umas flores bonitas no nosso jardim."

A pequena casa, logo se começou a destacar pela beleza das flores que enchiam o jardim e pelo cuidado posto em todos os detalhes. Os vizinhos ficaram envergonhados por morarem em casas feias e sujas e resolveram também arranjar as suas casas, plantaram flores, usaram tinta e criatividade. Não demorou muito para que todo o bairro estivesse transformado...nem parecia o mesmo!

Um empresário ali da zona, que tinha acompanhado os esforços e as lutas daquela gente, para construir um bairro melhor, pensou que bem mereciam uma ajuda. Foi falar com o Presidente da Câmara que era seu amigo e a quem contou o que se estava a passar. Este ordenou imediatamente a uma comissão que fosse observar o bairro e estudasse qual a melhor forma de o melhorar.
A rua só tinha barro e lama. Asfaltou-se a estrada e foram construídos passeios. Plantaram-se árvores. Os esgotos, a céu aberto, foram canalizados e o bairro deixou de cheirar mal.

E tudo começou com um vestido azul...

A intenção daquela professora não era arranjar a rua, nem criar um movimento que melhorasse o bairro. Ela fez o que podia, deu a sua parte. Fez o primeiro movimento que acabou por fazer com que outras pessoas se motivassem e lutassem por melhorias.
Será que cada um de nós está a fazer a sua parte no lugar em que vive? Ou somos aqueles que só sabem apontar os buracos da rua, a violência do trânsito, a poluição, a falta de civismo?

De facto, é difícil mudar o estado actual das coisas. É difícil limpar toda a rua, mas é fácil não jogar lixo para o chão. É difícil reconstruir um planeta, mas é possível dar um vestido azul.
Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas no momento próprio e com bondade.


sábado, 18 de outubro de 2008

Apelo de Uma Professora!

Fuga para a Reforma




Este ano já foram embora seis professores e há mais 14 pedidos de reforma antecipada». O desabafo é de Rosário Gama, directora do conselho executivo da Escola Secundária Infanta D. Maria, em Coimbra - que assume estar cada vez mais preocupada com a avalanche de saídas precoces de docentes.
Este estabelecimento tem ocupado o lugar de melhor escola pública nos rankings dos últimos anos, mas nem isso faz os professores desistirem de ir embora
A situação é de tal forma que, neste momento a escola já não tem um único professor de História nos quadros. “Estão a sair os docentes com mais experiência e estão a ser substituídos por contratados”, conta a directora apreensiva com o impacto das saídas na qualidade do ensino. “ Anda tudo cansado, sobretudo por causa do novo modelo de avaliação dos professores”, explica Rosário Gama, que também já pediu a reforma e deve sair ainda durante este ano lectivo.
De acordo com os dados do Sindicato Independente dos Professores (SINDEP), em 2008 já se reformaram 5.060 docentes. Destes, 2.045 saíram antes do tempo. É o que se passa com Helena Castro. Aos 59 anos, a professora de Português vai deixar a escola, com uma penalização de 9% na pensão. Apesar de oficialmente já estar reformada, continua a dar aulas “porque a Direcção Regional ainda não enviou um substituto” e por não querer prejudicar os alunos.
Para a saída, invoca várias razões. “A primeira é a relação com os alunos, que se degradou muito”, conta, recordando as consequências que o modelo de avaliação trouxe para as escolas: “Depois de distribuir os testes, houve uma aluna que me perguntou se eu não ia ser avaliada pelas notas que lhes dava e se tinha a certeza de que lhes queria dar aquelas classificações”. Foi a última gota: “Percebi que não estava ali a fazer nada”.
A avaliação do desempenho que Helena Castro considera “economicista” o facilitismo “dos exames e dos programas” e a “degradação da imagem dos professores, muito graças às políticas do Ministério da Educação” são outras razões para deixar a profissão.

De 2000 para 390 Euros

Carlos Chagas, Presidente do SINDEP, prevê que em 2009 “aumente muito o número de reformas antecipadas”. Os motivos são, segundo o sindicalista, “as péssimas condições de trabalho, a sobrecarga de tarefas burocráticas e o peso das reprovações na avaliação e evolução da carreira”dos docentes.
O sindicalista diz que a pressão é tão grande, que alguns professores terminam a carreira mesmo perdendo muito dinheiro. Carlos Chagas dá o exemplo de um professor de Idanha-a-Nova que se reformou com 391,88 euros – “quando a reforma normal ronda em média os dois mil euros”.

Margarida Davim in Semanário Sol de 11/10/2008

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Manifestação - 8 de Novembro


Os professores regressam às acções de luta a 8 de Novembro, com uma manifestação nacional de protesto em Lisboa contra as políticas educativas e o ambiente vivido nas escolas, anunciaram esta quarta-feira sindicatos do sector.
Em conferência de Imprensa promovida pela Plataforma Sindical dos Professores, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, anunciou a convocação de uma manifestação que será "um momento de partida para reiniciar a luta no ano lectivo 2008/2009"."Oito meses depois da manifestação de 8 de Março, os professores vão voltar à rua no protesto e na luta contra as políticas educativas do Ministério da Educação [ME] e contra o clima muito complicado e de sufoco que se vive nas escolas", afirmou Mário Nogueira. Segundo o porta-voz da plataforma sindical, esta decisão foi tomada "perante a gravidade das propostas que são apresentadas pela tutela", sobretudo a que diz respeito à "avaliação de desempenho como factor de graduação profissional".Mário Nogueira sublinhou que a manifestação hoje convocada "não será comparável à de Março", que mobilizou cerca de 100 mil professores, porque não é esse o objectivo: "Março foi o culminar da luta do anterior ano lectivo. Esta servirá para reaquecer os motores e como um factor de pressão para exigir a possível alteração da legislação" da colocação de professores, explicou.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

terça-feira, 30 de setembro de 2008

De Loucos


Em relação ao clima que se está a viver nas escolas muito há a dizer mas hoje, chamou-me a atenção para uma das consequências perversas deste modelo de avaliação, uma conversa que tive com uma colega. A mesma queixava-se que um aluno tinha deixado escrito numa composição qualquer coisa como: “berrava como a Professora de Português”. Isto aliado ao teor de uma outra composição que aludia a factos pouco próprios para uma produção escolar fez com que a colega quisesse falar com a mãe do petiz. Do que se arrependeu depois, pois ouviu da Senhora comentários como: “Qual é o problema”; “a professora fala alto, então ele não mentiu”;
“Os Professores andam com estas coisas porque estão preocupados com a avaliação.”
Isto lembrou-me outra conversa que ouvi por alto no outro dia, onde uma outra colega se queixava que tinha enviado um recado na caderneta, dirigido ao Encarregado de Educação, como aliás sempre fez, sempre fizemos, nós, Professores. Não sei precisar desta vez qual o motivo. Comportamento? Não trouxe o material necessário para as aulas? Chegou várias vezes atrasado? Não trabalhou na aula? Não fez o TPC? – A resposta do Encarregado de Educação não poderia ser mais clara: “deixem o meu filho em paz, vocês estão é preocupados com a avaliação.”
Com este modelo de avaliação a Sra. Ministra conseguiu outra coisa – tornar-nos reféns dos Encarregados de Educação, principalmente dos pouco esclarecidos e escassa formação.
Estamos mesmo entre a espada e a parede. Por um lado querem avaliar-nos pelo sucesso dos alunos, por outro o sucesso está ligado à capacidade de um Professor impor regras na sala de aula, disciplina e autoridade q.b. Tudo coisas que nos estão a ser usurpadas também por este modelo de Avaliação.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Oito Pedaços de Bolo

Com apenas três facadas certeiras, como a que se encontra ilustrada na figura, divide o bolo em oito partes iguais. Podes fazer os cortes onde quiseres mas em cada corte a faca tem de cortar sempre a direito (linha recta).

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo



1 - As Pirâmides do Egipto
2 - As Muralhas e os Jardins Suspensos da Babilónia
3 - O Mausoléu de Helicarnasso (ou O Túmulo de Máusolo em Éfeso)
4 - A Estátua de Zeus, de Fídias
5 - O Templo de Artemisa (a Diana dos Romanos)
6 - O Colosso de Rodes
7 - O Farol de Alexandria.

Oito Pedaços de Bolo (Solução)

Dois cortes verticais a passarem pelo centro, que irão dividir o bolo em quatro partes iguais. Um corte horizontal que dividirá esses quatro pedaços em duas camadas iguais. 4x2=8

sábado, 13 de setembro de 2008

Salvem O Planeta Terra



Escuridão Mundial





No dia 17 de Setembro de 2008 das 21:50 às 22:00 horas



Propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'.
Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal.
Só 10 minutos, para ver o que acontece.
Sim, estaremos 10 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmente ficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Regras para Criar Um Filho Delinquente



1ª Comecem cedo a dar ao vosso filho tudo o que ele quer. Assim ele convencer-se-à, quando crescer, que o mundo tem obrigação de satisfazer todos os seus caprichos.
2ª Se, enquanto pequeno, o vosso filho utilizar expressões grosseiras, achem-lhe graça. Isso fará com que ele se convença de que é espirituoso elevá-lo-à a refinar a sua linguagem ordinária.
3ª Não lhe dêem educação religiosa nem lhe inculquem princípios morais. Esperem pela sua maioridade para que, feitos os 18 anos, seja ele a fazer pessoalmente a sua escolha.
4ª Evitem recriminá-lo, para que ele não crie um complexo de culpa. Estes complexos, como toda a gente sabe, não deixam que as crianças desenvolvam a sua personalidade.
5ª Façam sempre tudo aquilo que devia ser o vosso filho a fazer. Arrumem as suas coisas e apanhem o que ele deitar para o chão. Desta maneira se habituará a empurrar para os outros as suas responsabilidades.
6ª Deixem que o vosso filho leia tudo o que lhe vá parar às mãos. Tenham o maior cuidado em esterilizar os talheres, os pratos e os copos, mas deixem que o seu espírito se alimente de imundices.
7ª Discutam e zanguem-se em frente dele. Isso é muito útil para que ele se convença que a família é uma instituição nociva e que não deve qualquer respeito aos seus pais.
8ª Dêem-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Evitem que ele o ganhe com o seu trabalho ou através do seu comportamento. Tem tempo. Deixem-no ser feliz enquanto é jovem.
9ª Satisfaçam todas as suas exigências ou caprichos, no que se refere a alimentação, vestuário e conforto, a fim de que o vosso filho não possa nunca sentir-se frustrado. As frustrações, como se sabe, não permitem que a personalidade se revele e torna as pessoas mais infelizes.
10ª Defendam sempre o vosso filho! Dos seus amigos, dos vizinhos, dos professores e até - principalmente - da polícia. É tudo gente desprezívelque apenas pretende embirrar com ele...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Alunos Querem Disciplina


Uma sondagem feita em vários países europeus, e divulgada a propósito da reunião sobre violência escolar que e realiza na Gulbenkian, indica que os estudantes portugueses são os que menos gostam da escola.

Afinal, o facilitsmo e a indisciplina que o nosso Ministério da Educação por cá instalou, para conquistar a miudagem, tiveram perversamente o efeito contrário. Os estudantes sentem-se melhor em escolas com muita disciplina (nos outros países, é vulgar inclusivamente a obrigação de farda), boa organização e um ensino exigente que os estimule a aprender.

Mas duvido que mesmo estas sondagens tenha efeitos benéficos no Ministério da Educação - a avaliar já pelos últimos exames nacionais do secundário (cujo facilitismo escandalizou os próprios alunos, a começar por filhos meus, apesar de ficarem beneficiados pelas nota).


Recebido pela Net (autor desconhecido)

domingo, 6 de julho de 2008

Balada da Morgue - Miguel Torga


(Em homenagem a um amigo meu que faleceu ontem)



Olho este corpo morto aqui deitado
E sinto impulsos de beijá-lo e ter
Toda a força de beijá-lo
Com sugestões de prazer…

Que bruta sinceridade!
Que humildade!
Que vaidade!
Que mentira! Que verdade!
Todo nu! Eu pressinto-o
Dando desejo e fastio…

Não é de mulher, não é;
Nem d`Homem; nem d´animal
Irracional:
É d´Anjo predestinado
Que foi sacrificado
Para dar a noção exacta da renuncia.

Assim Não Há Como Errar


terça-feira, 24 de junho de 2008

Que escolas? Que Educação?

Na Finlândia, os professoers têm uma tarde livre para trabalharem em conjunto: planificam, trocam materiais e elaboram recursos didácticos de forma cooperativa. A ênfase está na atitude colaborativa e no apoio aos alunos que estão a ficar para trás. Não há exames nacionais, os resultados das avaliações externas das escolas não são tornados públicos, não há rankings de escolas e um em cada três alunos recebe aulas de apoio. Na Finlândia, os professores são muto bem pagos, a profissão é socialmente muito valorizada, não existe um sistema formal de avaliação de desempenho dos professores, não existe um Ministério da Educação com poderes curriculares e pedagógicos sobre as escolas, o currículo nacional é mínimo, a autonomia das escolas é grande, os planos de estudos incluem menos disciplinas do que em Portugal, o número de aulas por semana é menor e as aulas têm 45 minutos. Como se vê, é tudo ao contrário de Portugal.
Quem é que Portugal tem copiado? Na avaliação dos professores, Portugal copiou o Chile, Na centralização curricular e pedagógica, inspirou-se na França. Na avaliação externa das escolas, foi buscar o modelo britânico. Ou seja, Portugal tem vindo a copiar os países com piores resultados escolares.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Bravura


Espíritos calam o seu segredo.
São brisa que paira na noite.
Não se toca, mal se sente,
É luz, e é chama quente,
Em asas de cor de azul.

Razão sempre premente,
Pois não sabe mas procura,
No quebranto do sol poente,
Um veleiro escuro, eternamente
Rumando em busca de bravura.

E ele não vem, estando tão perto.
Do outro lado da ponte errante.
Caminha para mim em passo incerto,
Mas cada vez mais distante.
Barco cinzelado em triste enleio.

Enredado na delicada textura
Do horizonte dos sentidos.
Na aparência repousado,
Esconde, sufoca os gemidos,
Que o mantêm ensombrado.

Borboleta Monarca

Não são apenas os passaros que voam para outras paragens em busca de melhores condições climatéricas.
Esta borboleta, no final de Agosto, inicia a sua imigração desde o Canadá.

Cerca de 200 milhões delas vão voar 3.700 Km, em direcção ao México.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Um Problema de Fósforos



Com seis fósforos, e sem os partir, construa uma estrutura constituída por quatro triângulos equiláteros

Um Problema de Fósforos (Solução)


Os fósforos como arestas de uma pirâmide triângular, também chamada tetraedro porque as suas faces são formadas por quatro triângulos.

A Tarde

A tardinha era finda,
A paisagem era linda.
Era bela de verdade,
Que me deixou a saudade,
De um dia lá voltar.

Águas frescas, cristalinas,
Seixos, pedras pequeninas.
Rolam, chocam, são brilhantes,
Pretas, brancas, cintilantes,
Entre a espuma vão dançar.

Campos verdes, flores mimosas,
Rosas frescas e amorosas.
Crescem livres, são selvagens,
Tornam belas as folhagens.
Todas feitas p`ra enfeitar.

Na verdura dos pinheiros,
Rimam trovas, nos poleiros,
Pássaros livres, chilreantes,
Entre todos, são sonantes.
E nas sombras vão pousar.

Talvez seja ou talvez não
O passado, a sensação.
Esta estória é de embalar.
Toda feita p´ra sonhar.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Toque nos Frascos de Tinta - Simetrias



Clique no título e descubra...

sábado, 17 de maio de 2008

Violência nas Escolas


Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar.

Especialistas em educação, reunidos na cidade espanhola de Valência, defenderam hoje que o aumento da violência escolar deve-se, em parte, a uma crise de autoridade familiar, pelo facto de os pais renunciarem a impor disciplina aos filhos, remetendo essa responsabilidade para os professores.

Os participantes no encontro Família e Escola: um espaço de convivência, dedicado a analisar a importância da família como agente educativo, consideram que é necessário evitar que todo o peso da autoridade sobre os menores recaia nas escolas.

As crianças não encontram em casa a figura de autoridade, que é um elemento fundamental para o seu crescimento, disse o filósofo Fernando Savater.

As famílias não são o que eram antes e hoje o único meio com que muitas crianças contactam é a televisão, que está sempre em casa, sublinhou.

Para Savater, os pais continuam "a não querer assumir qualquer autoridade", preferindo que o pouco tempo que passam com os filhos "seja alegre" e sem conflitos e empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para os professores. No entanto, e quando os professores tentam exercer esse papel disciplinador, "são os próprios pais e mães que não exerceram essa autoridade sobre os filhos, que tentam exercê-la sobre os professores, confrontando-os", acusa. "O abandono da sua responsabilidade retira aos pais a possibilidade de protestar e exigir depois. Quem não começa por tentar defender a harmonia no seu ambiente, não tem razão para depois se ir queixar", sublinha.

Há professores que são "vítimas nas mãos dos alunos".

Savater acusa igualmente as famílias de pensarem que "ao pagar uma escola" deixa de ser necessário impor responsabilidade, alertando para a situação de muitos professores que estão "psicologicamente esgotados" e que se transformam "em autênticas vítimas nas mãos dos alunos".

A liberdade, afirma, "exige uma componente de disciplina" que obriga a que os docentes não estejam desamparados e sem apoio, nomeadamente das famílias e da sociedade. "A boa educação é cara, mas a má educação é muito mais cara", afirma, recomendando aos pais que transmitam aos seus filhos a importância da escola e a importância que é receber uma educação, "uma oportunidade e um privilégio".

Em algum momento das suas vidas, as crianças vão confrontar-se com a disciplina, frisa Fernando Savater. Em conversa com jornalistas, o filósofo explicou que é essencial perceber que as crianças não são hoje mais violentas ou mais indisciplinadas do que antes; o problema é que "têm menos respeito pela autoridade dos mais velhos". "Deixaram de ver os adultos como fontes de experiência e de ensinamento para os passarem a ver como uma fonte de incómodo. Isso leva-os à rebeldia", afirmou.

Daí que, mais do que reformas dos códigos legislativos ou das normas em vigor, é essencial envolver toda a sociedade, admitindo Savater que "mais vale dar uma palmada, no momento certo" do que permitir as situações que depois se criam. Como alternativa à palmada, o filósofo
recomenda a supressão de privilégios e o alargamento dos deveres.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Seguindo...

Seguindo à bolina,
Eu pude encontrar
Um jeito de ser,
Um jeito de amar.

Não quero saber
Quem vence ou venceu.
Só quero viver
O sonho que é meu.

Não quero seguir
Um destino perdido,
Como aqueles que erram
Por aí, sem sentido.

Sem sentido, sim,
Sem rumo certo.
Qual flor de jardim,
Que nasceu no deserto

quinta-feira, 15 de maio de 2008

APPACDM


Hoje foi um dia bem triste para muitos pais, cujos filhos precisam de Cuidados e Educação Especiais. Ficou a saber-se que a APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental), uma instituição que muito tem feito pela integração na sociedade de Cidadãos com deficiências mentais, vai deixar de ser subsidiada pelo Estado. Associações como esta, procuram elaborar e aplicar medidas adequadas à integração destes Cidadãos no mercado de trabalho, ou pelo menos para que desenvolvam algum grau de autonomia, regendo-se pelo principio de que bastando-se a si mesmos, tanto quanto possível, não serão um peso tão grande para a sociedade. Pergunto-me o que sobrará se desaparecerem? O que é que o Estado propõe em seu lugar? Não estamos apenas a falar das crianças que se pretendia, e pretende, sejam “despejadas” nas escolas. Pois que isso já de si é grave, atendendo a que estas ainda estão à espera dos recursos prometidos às crianças integradas no findo Decreto-lei 319/91, para crianças com Necessidades Educativas Especiais. E os outros, os que não estão em idade escolar? Muitas mães estão desesperadas porque acabando a APPACDM, vão mesmo ter de deixar de trabalhar e ficar em casa a tomar conta dos seus filhos, uma vez que nem todos têm realmente condições de frequentar uma escola pública, de ensino normal. Outra perda para a sociedade.

domingo, 11 de maio de 2008

Sistema de avaliação: sim ou não?

As conjunturas económicas e sociais são determinantes na hora de decidir como se deve encarar a educação, esta que é tida como uma das peças-chave para o sucesso de qualquer país. No entanto, e apesar dos inúmeros esforços que se têm feito para minorar este mal generalizado, ainda ninguém conseguiu descobrir a fórmula para se alcançar o método de ensino perfeito. Se por um lado existem países a adoptar sistemas de avaliação contínuos dos professores, depois de estes já estarem formados – como vai começar a acontecer em Portugal e já se passa na Espanha, em França, no Reino Unido, na Áustria, entre outros –, por outro lado, há os que fazem uma pré-selecção rigorosa dos profissionais que estão, ou não, aptos a entrar para o ensino e apostam numa formação totalmente direccionada e especializada – como acontece na Finlândia e em alguns países asiáticos. Os resultados estão à vista… e, por incrível que pareça, quem leva a melhor são os países que têm um método mais liberal.
Enquanto os responsáveis pela educação dos países onde o sistema de avaliação está implementado consideram esta uma medida importante para o encorajamento e a evolução dos professores, a maioria dos docentes sentem-se constantemente ameaçados e pressionados. A existência de avaliações frequentes, quer por parte da escola – através da nomeação de inspectores – quer pela parte dos alunos e dos seus próprios pais, faz com que estes sintam a sua posição ser colocada em causa. A falta de apoio, de preparação e de condições são as principais falhas apontadas a este tipo de ensino que, segundo os professores, é propenso a gerar conflitos e a fomentar injustiças.
Um mito vindo do Norte
Por entre consensos e contra sensos, preferências e divergências, a opinião torna-se unânime quando se trata de nomear o mito da educação. Os métodos inovadores, criativos e eficazes utilizados na Finlândia fazem com que esta se destaque mundialmente, ao ponto de todos os países quererem seguir o seu exemplo. Não existem inspectores nem sistemas de avaliação, o que existe é uma exigente pré-selecção. Só os melhores conseguem chegar a professores. Só quem tem um mestrado e vocação para o ensino é que atinge tal patamar.
A igualdade de acesso a uma boa educação é, sem dúvida, o ponto-forte deste sistema de ensino. Todos os alunos, sem excepção, têm direito a material escolar – lápis e livros – bem como a uma refeição quente diária, a transporte escolar e a assistência médica. A entrada para o ensino é feita aos 7 anos e, desde essa altura, as crianças são obrigadas a utilizar e a despertar o seu espírito crítico e criativo. São habituados a viver longe da teoria e perto do que é prático. Vivem longe dos lobbies e dos formalismos, longe dos «senhores doutores» e bem perto do que é realmente importante… a realidade.por Rita Godinho - 06 Mar 2008 Visão

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Uma Questão de Camelos I




Certo dia, um ancião, vendo-se gravemente doente chamou os seus três filhos a cabeceira e disse:
- Meus filhos, receio que não poderei ficar com vocês por muito mais tempo. Sinto que a minha hora está quase a chegar. Como sabem, possuo 19 camelos. Vou então fazer as partilhas para que após a minha morte não haja discussões. Assim sendo, para o Yusef, o meu filho mais velho deixo metade dos camelos e 5 moedas de ouro. Para o do meio, Amir deixo um quarto dos camelos e 30 moedas de ouro. O mais novo, Mustafá ficara com um quinto dos camelos e 35 moedas de ouro.
Posto isto, o velho pai desprendeu um último suspiro e foi desta para melhor.
Dizia o pai que não haveria discussões. Pois sim, não houve até ao momento em que tentaram distribuir os camelos. Por mais que pensassem não conseguiam resolver o problema da partilha. Era partir camelos ao meio, era ficas com mais, era fico com menos, era um camelo morto não me serve de nada, eu sei lá o que mais disseram. Mas a verdade é que não arranjavam forma de cumprir as últimas vontades do pai.
Várias semanas se passaram… (continua)



Resolves o problema?

Para pensar...


Uma Questão de Camelos II


Os três irmãos estavam mesmo a ficar desesperados. Quase já andavam à pancada uns com os outros. Até que chegou o tio Ali, acompanhado do seu velho camelo. Era um velho sábio que vivia a vaguear pelo deserto e que soubera da morte do irmão através de um grupo de nómadas com que se cruzara duas semanas antes.
Fora ver se os sobrinhos estavam bem e chegara em boa hora. Quando ouviu o problema ficou deveras apoquentado e disse-lhes que iria pensar no assunto. Várias horas volvidas mandou chamar os três irmãos e disse que tinha a solução:
- Vou oferecer-vos o meu camelo. Já está um pouco velhote mas não faz mal. Compensa com a inteligência.
- Mas tio, assim o Sr. fica sem o seu meio de locomoção no deserto! – Disse Yusef, o mais velho e sensato dos irmãos.
- Não te apoquentes. Lá me arranjarei – respondeu-lhe o tio, ao mesmo tempo que dava um sorriso malicioso.
Os três irmãos agarraram nos 20 camelos e lá fizeram a partilha. E não é que depois de divididos os camelos pelos três, de acordo com as instruções do pai, sobrava um camelo?
E foi assim que o tio Ali recuperou o seu camelo e partiu, todo contente da vida, entre as suas bossas.
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Libelinha



A libelinha, ou libélula, é um insecto alado. Entre as características distintivas contam-se o corpo fusiforme, com o abdómen muito alongado, olhos compostos e dois pares de asas semi-transparentes.

As libelinhas são predadoras e alimentam-se de outros insectos, nomeadamente mosquitos e moscas.

Este grupo tem distribuição mundial e tem preferência por habitats nas imediações de corpos de água estagnada (poças ou lagos temporários), zonas pantanosas ou perto de ribeiros e riachos.


As larvas de libelinha (chamadas ninfas) são aquáticas, carnívoras e extremamente agressivas, podendo alimentar-se não só de insectos mas também de girinos e peixes juvenis.
As libelinhas não têm a capacidade de picar, visto que as suas mandíbulas estão adaptadas à mastigação.


Dentro do seu ecossistema, são bastante úteis no controlo das populações de mosquitos e das suas outras presas, prestando assim um serviço importante ao Homem
As libelinhas adultas caçam à base do seu sentido de
visão extremamente apurado. Os seus olhos são compostos por milhares de facetas (até 30.000) e conferem-lhes um campo visual de 360 graus. As libelinhas medem entre 2 e 19 cm de envergadura e as espécies mais rápidas podem voar a cerca de 85 km/h.
Podem chegar a viver 5 anos.
É conhecida também pelos nomes: helicóptero, cavalinho-de-judeu, cavalinho-do-diabo, donzelinha, lavadeira, etc.

Solução (Uma questão de camelos)

Para 19 camelos
1/2 ---- 9,5 camelos
1/4----- 4,75 camelos
1/5---- 3,8 camelos
Total 18,05 sobram 0,95 camelos
½ + ¼ +1/5 = 19/20 não corresponde à unidade 1/20 de 19 é = 0,95

Para 20 Camelos
1/2 ---- 10 camelos
1/4 ---- 5 camelos
1/5 ----4 camelos
Total 19 camelos sobra 1 camelo (o que o tio Ali recuperou) 1/20 de 20 é = 1

terça-feira, 6 de maio de 2008

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Uma imagem vale mais que mil palavras...


Entendimento (ma non troppo)


Existe uma crença mais ou menos difundida que o Entendimento entre os Sindicatos e o ME foi uma traição aos Professores.
Tal não é verdade. O referido entendimento serviu apenas para salvar o presente ano lectivo, procurando serenar os ânimos no decorrer do 3º período, tão importante para a vida dos nossos alunos. Em última análise, permitiu ganho de tempo.

TEMOS DE CONTINUAR A LUTAR


Não podemos baixar a guarda, sob pena de perdermos efectivamente a guerra.
Jogam a nosso favor as eleições próximas. Há que aproveitá-las. A luta agora será acabar com a maioria PS, pois só assim será possível mandar abaixo o actual ECD, o pernicioso Estatuto do Aluno e o pseudo- inclusivo 3/2008, do Ensino Especial, que além do mais deixa de fora muitos alunos que precisam de recursos que lhes não são disponibilizados actualmente, pelas escolas. Foram remetidos, sumariamente, para o PCT. Muito conveniente!
Sim, entendimento, mas… a luta só agora começou!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Arrogância Tem Um Preço


O governo governa com a maioria e não com as manifestações da Rua" diz o Sr. Primeiro-ministro. É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar os professores, nem de aprovar o novo estatuto da carreira docente. Já foi votada no Parlamento, por três vezes, a suspensão do novo ECD e das três o PS votou contra a suspensão.
Chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% do votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover esta enorme afronta aos professores. Somos 150.000 o equivalente a 3% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de um ano, todos os professores votarem em massa em todos os partidos excepto no PS, este partido nunca mais volta a ter a maioria e será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos professores.
Colegas, quem foi capaz de ir do Minho, Trás-os-Montes, Algarve, Madeira e Açores a Lisboa, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto, e votar a derrota do PS.

domingo, 20 de abril de 2008

E Ela a Dar-lhe!!! Resposta à Sr.ª Min. da Educação

Somos o País onde há mais chumbos --- desde que se instituíu as aulas de substituição diminuiu a violência no pátio escolar.

Em primeiro lugar quero dizer que, o facto de a violência ter diminuído nos recreios das escolas é evidentemente uma consequência de os alunos não andarem nos recreios (importante espaço, também de socialização). O que não é dito é que essa indisciplina se deslocou para o interior das salas de aula. Uma parte significativa dos processos disciplinares instaurados a alunos, na minha escola, deve-se a comportamentos tidos em aulas de substituição.
Em segundo lugar, em países onde não há “chumbos” foi montada toda uma equipa multidisciplinar que apoia os alunos com mais dificuldades, com a ajuda de Psicólogos, terapeutas, etc. Permitir que os alunos passem de ano automaticamente, em Portugal, apenas vai fazer com que os que ainda estudam se juntem aos outros e daqui a uns anos temos 100% de alunos com o 9º ano e 100% de analfabetismo puro e duro, nessas faixas etárias. Ah! E ainda não estive em nenhuma escola onde houvesse ao menos um Psicólogo que apoiasse o trabalho dos professores com os seus alunos.
Terceiro. Se existe tanto insucesso escolar em Portugal, deveria começar por se pensar porquê… algumas pistas: turmas demasiado grandes, que não permitem um efectivo acompanhamento pedagógico dos alunos mais problemáticos; Currículos desadequados; Falta de condições físicas e de recursos nas escolas; Perda do estatuto e autoridade do professor; Cultura de desvalorização do saber; Competitividade com os Game-boys, telemóveis, televisão e afins.

sábado, 19 de abril de 2008

Coruja Branca (Tyto Alba)

Ave de rapina, de hábitos nocturnos. Pode atingir 35 cm de comprimento, desde o alto da cabeça até à ponta da cauda e aproximadamente o dobro de envergadura.
A sua plumagem é notável pela suavidade, o que lhe permite um voo absolutamente silencioso.
O seu bico é pequeno e curvado na ponta.
Quando se encontra parada apresenta uma respiração forte. Quando em voo solta um som estridente e lúgubre.
O facto de ter uma audição extremamente apurada e uma visão nocturna muito eficiente na ausência de luz, permite-lhe ser uma caçadora nocturna fabulosa. Alimenta-se de pequenos roedores e insectos.
Nidifica, normalmente, em buracos, nas árvores, e os seus ovos são quase esféricos.
A Coruja branca é também conhecida por Coruja-das-torres.